quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Língua Portuguesa


Olavo Bilac

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amote assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

3 comentários:

Tânia e Carmo disse...

Êta homem que fala bem do Português!!!

Roberto Jorge disse...

Queridas colegas,

Gostei imensamente do blog de vocês! Aguardem-me, que em breve, estarei colaborando, para que ele fique melhor ainda!

Roberto Jorge

avlisbastos disse...

Maninas vocês realmente gostam muito de pau de arara,não é atoa que lembraram do pau oco. beijos